Vídeos hiper-realistas feitos por inteligência artificial confundem internautas nas redes sociais

 

Especialista Bruno Riether alerta sobre os perigos da nova geração de vídeos gerados por IA, como o Veo 3, do Google




Vídeos gerados por inteligência artificial estão se tornando cada vez mais comuns, e realistas, nas redes sociais. A nova onda do momento é liderada pelo Veo 3, modelo criado pelo Google que permite gerar cenas com ruídos ambientes, efeitos sonoros e até diálogos, tornando as produções assustadoramente parecidas com vídeos reais. O problema é que, ao misturar emoção, estética e coerência narrativa, esses vídeos têm confundido cada vez mais usuários nas redes sociais.


O especialista Bruno Riether explica que, “a IA está aprendendo a copiar tudo nos mínimos detalhes. Movimento dos olhos, textura da pele, luz entrando pela janela, até expressões humanas com emoção. E o mais impressionante é que ela entende o contexto da cena”. Sobre a confusão do que é verdadeiro ou falso ele ainda afirma que: “O nível de realismo está tão alto que muita gente assiste e nem percebe que foi tudo gerado por máquina”.


Apesar do avanço da tecnologia, ainda existem sinais de que o vídeo pode não ser real. Erros sutis como dedos extras, sombras mal formadas ou expressões artificiais ainda aparecem. Mas esses detalhes passam despercebidos na maioria dos vídeos curtos. Segundo o especialista, o perigo está na forma como as pessoas ainda associam imagem em movimento com verdade absoluta.


“Algumas pessoas ainda conseguem notar uns errinhos. Mas pra maioria, principalmente em vídeos curtos, a diferença já não é clara”, afirma Bruno Riether. “Se o vídeo for bem feito e tocar na emoção certa, engana fácil. A gente ainda vive achando que ‘se tá em vídeo, é verdade’, e esse é o grande perigo”.


O futuro, segundo ele, promete conteúdos ainda mais sofisticados. Vídeos personalizados, séries interativas e até produções completas feitas com IA devem se tornar comuns. Mas o alerta permanece: ao recriar eventos históricos ou religiosos, a responsabilidade aumenta. “Mexer com tragédias ou com a fé das pessoas exige respeito. A IA é poderosa, mas o impacto depende de quem está por trás do prompt e da intenção com que ela é usada”, conclui.


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