Beber água regularmente ajuda a manter o sangue fluido, reduz o risco de coágulos e protege o cérebro contra derrames, segundo o Dr. Victor Hugo Espíndola
Manter-se hidratado não é apenas uma questão de bem-estar — é também uma medida essencial para proteger o cérebro. Um estudo da Escola de Saúde da Universidade de Harvard, divulgado no Harvard Health, apontou que o consumo de pelo menos cinco copos de água por dia pode reduzir em até 53% o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola explica que a água exerce um papel fundamental no equilíbrio do sistema circulatório. “A ingestão de água mantém o sangue fluido, o que reduz a formação de coágulos e melhora a circulação. Isso é vital para evitar obstruções nos vasos cerebrais”, afirma.
A desidratação, por outro lado, pode ter efeitos negativos expressivos. “A falta de água no organismo eleva a pressão arterial, dificulta a circulação e agrava condições como hipertensão e diabetes, que são fatores de risco importantes para o AVC”, alerta o especialista.
De acordo com o médico, a recomendação é consumir entre dois e três litros de água por dia, sempre considerando o estilo de vida e o clima. “A hidratação, aliada a uma alimentação saudável e à prática de exercícios físicos, é uma das formas mais simples e eficazes de proteger a saúde cerebral e reduzir o risco de AVC”, reforça Espíndola.
Sinais de alerta
Reconhecer os sintomas de um AVC rapidamente pode ser decisivo para evitar sequelas graves. O Dr. Espíndola destaca o método SAMU como forma prática de identificar os primeiros sinais:
Sorriso: “Peça para a pessoa sorrir e veja se há assimetria ou queda em um dos lados do rosto. Isso pode indicar paralisia facial.”
Abraço: “Solicite que a pessoa levante os dois braços. Se um deles cair ou houver fraqueza, é sinal de alerta.”
Mensagem: “Peça para repetir uma frase ou cantar algo simples. Dificuldade para falar ou articular palavras pode indicar AVC.”
Urgente: “Se qualquer um desses sinais aparecer, acione imediatamente o SAMU pelo número 192.”
“O tempo é um fator crucial no tratamento do AVC. Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas graves, como problemas cognitivos ou paralisia”, destaca o neurocirurgião.
Cuidados no calor
Nos dias mais quentes, o cuidado deve ser redobrado — principalmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas. “Evite exposição ao sol nos horários de pico, mantenha-se bem hidratado, use roupas leves e procure locais arejados. A desidratação em dias de calor intenso pode agravar problemas circulatórios e aumentar o risco de AVC”, orienta Espíndola.
Com hábitos simples e atenção diária à hidratação, é possível reduzir consideravelmente as chances de complicações graves e manter a saúde cerebral em equilíbrio.