Tem dificuldade na hora do beijo? Cirurgia pode ajudar quem tem língua presa

 

Procedimento melhora a mobilidade da língua e pode transformar a experiência de quem sente insegurança ao beijar


Uma técnica simples e rápida pode ser a solução para quem enfrenta dificuldades ao beijar devido à limitação dos movimentos da língua. A frenectomia — procedimento realizado por cirurgiões-dentistas — tem se mostrado eficaz no tratamento da chamada “língua presa”, uma condição que pode impactar desde a fala até a vida afetiva.


A odontopediatra Dra. Ilana Marques, da clínica IGM Odontologia para Família, habilitada em laserterapia desde 2016 e professora do curso de habilitação em laserterapia para dentistas de todo o Brasil, explica que a frenectomia consiste no reposicionamento do freio lingual, o pequeno tecido que conecta a parte inferior da língua ao assoalho da boca. Quando esse freio é muito curto ou rígido, restringe os movimentos da língua, prejudicando funções essenciais como alimentação, fala, higiene bucal — e até o beijo.


“Com a cirurgia, a língua ganha liberdade para se movimentar melhor, o que pode impactar positivamente na qualidade do beijo. Muitos pacientes relatam, inclusive, um ganho importante de autoestima e segurança após o procedimento”, afirma a especialista.


Quem pode se beneficiar com a frenectomia?


A frenectomia pode ser indicada para pessoas de todas as idades — desde crianças com dificuldades de fala até adultos que apresentam limitações ao movimentar a língua. Os sinais mais comuns incluem dificuldade para pronunciar alguns sons, mastigação ineficiente, acúmulo de resíduos sob a língua e, claro, insegurança ou limitação ao beijar.


Há ainda casos em que, mesmo sem alterações evidentes na fala, o corpo passa a compensar a falta de mobilidade da língua utilizando outros grupos musculares, como os do pescoço, mandíbula e ombros. “Com o tempo, essas compensações sobrecarregam a musculatura e podem causar dores de cabeça, na articulação temporomandibular (ATM), na cervical, ombros e até na região lombar”, explica Ilana. Por isso, fisioterapeutas atentos à origem dessas queixas têm encaminhado pacientes para avaliação da necessidade de frenectomia.


O diagnóstico e a indicação do tratamento devem ser feitos por um profissional capacitado, que avaliará criteriosamente cada caso.


Recuperação tranquila com técnicas modernas


A recuperação geralmente é rápida e tranquila. Em procedimentos realizados com bisturi convencional, é comum algum inchaço, desconforto ou leve sangramento nos primeiros dias. Já com o uso da tecnologia a laser — área em que atuo desde 2016 —, esses efeitos são minimizados: o procedimento dispensa pontos, reduz o trauma tecidual e acelera a cicatrização.


“O uso de analgésicos leves e enxaguantes específicos pode ser recomendado, além de sessões de laserterapia para auxiliar na recuperação. Com os cuidados certos, a maioria dos pacientes retoma sua rotina normalmente em poucos dias”, finaliza a Dra. Ilana.

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