Especialista em medicina esportiva alerta para sintomas
A lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é uma das lesões mais comuns entre atletas, especialmente aqueles que praticam esportes que exigem movimentos rápidos, mudanças bruscas de direção e saltos, como futebol, basquete, vôlei e esqui. Estima-se que esse tipo de lesão seja até seis vezes mais frequente entre atletas do que na população geral.
O ortopedista Pedro Ribeiro, especialista em dor e medicina esportiva, explica que “a alta incidência da lesão do LCA entre atletas está diretamente ligada à intensidade e à natureza dos movimentos exigidos por essas modalidades esportivas. Torções súbitas, impactos e esforços repetitivos aumentam o risco de rompimento do ligamento.”
Sintomas que indicam a lesão
De acordo com o Dr. Pedro Ribeiro, os principais sintomas da lesão do LCA aparecem logo após o trauma e incluem:
• Dor intensa e súbita no joelho, muitas vezes incapacitante;
• Inchaço rápido, causado pelo acúmulo de líquido na articulação;
• Estalo ou sensação de “rasgo” no momento da lesão;
• Sensação de instabilidade ou “falseio” ao apoiar o peso no joelho;
• Dificuldade para dobrar ou estender completamente o joelho.
“É fundamental que os atletas fiquem atentos a esses sinais e busquem atendimento médico o mais rápido possível para evitar complicações”, alerta o especialista.
O tratamento depende da gravidade da lesão e do perfil do paciente. “Para atletas, a reconstrução cirúrgica do LCA é geralmente a melhor opção para garantir a estabilidade do joelho e o retorno seguro às atividades esportivas”, afirma Pedro Ribeiro.
As técnicas cirúrgicas atuais são minimamente invasivas, o que reduz o tempo de recuperação. Entretanto, a reabilitação com fisioterapia é essencial para fortalecer os músculos, recuperar a mobilidade e melhorar a propriocepção do joelho, evitando novas lesões.
Além do tratamento, a prevenção é crucial. Exercícios de fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e técnicas corretas de aterrissagem ajudam a reduzir o risco de lesão.
“O alerta é para todos os envolvidos no esporte: conhecer os sintomas, agir rapidamente e investir na prevenção são as melhores formas de proteger os atletas dessa lesão tão comum e debilitante”, finaliza o ortopedista.